A ampulheta é um
instrumento usado para medir o tempo, que se encontra na Câmara justamente para
provocar reflexões.
Assim como a régua, o
esquadro e o compasso, devemos entender a importância de termos em mãos este
instrumento. Ao manuseá-lo materializamos o passar do tempo e a efemeridade das
picuinhas materiais.
Não podemos acreditar
que a vida é efêmera. A mediocridade do viver é que torna-a passageira. A visão
simplista da ampulheta com a areia escorrendo como contagem do tempo nos impede
de ver que a parte de baixo está se completando.
A mensagem da
Ampulheta Maçônica está na consciência das leis naturais e imutáveis. A
gravidade, que puxa a areia para baixo, encontra resistência no pequeno
orifício entre os dois recipientes. Assim como o homem pode alargar este
orifício através de maus hábitos mentais e físicos, pode também aumentar o
volume de areia na parte superior pela retidão do espírito.
Não há ampulheta tão
grande que possa representar uma vida humana. Todos nós, periodicamente, fechamos
ciclos, ou seja, viramos a ampulheta. A questão é nos darmos conta de que após
a virada teremos um tempo determinado para realizar algo. Se não o realizamos,
foi um tempo perdido, foi um tempo efêmero.
Às vezes, encontramos
a ampulheta decorada com asas, sugerindo que o tempo voa. Isto acontece apenas
quando tiramos os pés do chão em doces devaneios ou os fincamos em inerte ação
perante a vida.
O tempo é o grande
aliado do homem “Existe um tempo próprio para tudo, e há uma época para cada
coisa debaixo do céu... um tempo para nascer e um tempo para morrer; um tempo
para espalhar pedras, um tempo para juntá-las; um tempo para a guerra, e um
tempo para a paz”. Por isso, não há nada melhor para o ser humano do que ser
feliz e gozar a vida na sua plenitude, tanto quanto puder.
SEJA SENHOR DA
AMPULHETA DA SUA VIDA. A CONSCIÊNCIA DA PASSAGEM INEXORÁVEL DO TEMPO DEVE NOS
FORTALECER NO DESPRENDIMENTO MATERIAL E NA AÇÃO ESPIRITUAL.
Do livro “CARTILHA DO APRENDIZ” do Irmão José Castellani, que na
página 81, nos instrui:
“A Ampulheta, ou
relógio de areia, é o símbolo do tempo. Considerando-se o tamanho das
ampulhetas e a rápida movimentação das areias, elas marcam somente pequenos
espaços de tempo; dessa maneira, a sua presença na Câmara lembra, ao Candidato,
a efemeridade da vida humana, a qual, por isso mesmo, deve ser aproveitada, ao
máximo, para concretizar as grandes obras do espírito humano.”
Precisamos incentivar
os Obreiros da Arte Real ao salutar hábito da leitura como ferramenta de enlevo
cultural, moral, ético e de formação maçônica.
AUTOR: Sérgio Quirino Guimarães, ARLS Presidente
Roosevelt, Nº25 - Sérgio Quirino é um intelectual Maçônico - GM de GLMG
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